Que comecem os jogos!

Está aí! O mercado anda criativo demais, sem ironias. Tem realmente muita gente inspirada no lúdico, o que é um formato de aprendizado de eficiência já comprovada, pela capacidade de gerar internalização do conhecimento, conexão, familiaridade.

Abro uma revista de negócios esta semana e me deparo com uma empresa que desenvolveu jogos de tabuleiro para a simulação dos primeiros quatro anos de uma startup. Inspirados em jogos de RPG, o processo simula a trajetória de consolidação de um novo empreendimento. Encoraja o empreendedor a se testar nos desafios deste caminho e nas tomadas de decisão na estruturação de um negócio. Desde a fase de concepção e validação da ideia, até a aprovação do mercado, crescimento inicial, tração e escalabilidade.

Achei a ideia massa, como diriam os alegres baianos. Uma chance de sentir na pele as consequências das tomadas de decisão. Uma forma de se familiarizar com as terminologias dos negócios e do mercado. Coisas como MVP (produto mínimo viável), pivotar (mudança radical do rumo do negócio) e LTV (valor do ciclo de vida do cliente), expressões bastante utilizadas no mundo dos negócios e startups. Um formato que se presta tanto a empreendedores, estudantes e incubadoras, quanto a empresas tradicionais que buscam criar cultura de inovação junto aos seus colaboradores e novos líderes.

Montamos nosso último negócio com a ajuda de uma profissional de Personal Branding, todo baseado em Canvas. Em uma jornada de propósito, simulação e validação, projetamos e internalizamos a missão do empreendimento, testamos cenários e estabelecemos portfólio e ações claras de atendimento a demandas bem mapeadas do nosso mercado. Empreendemos em uma mesa de reuniões com folhas, post-its e canetinhas, até acertarmos mastro, vento e destino, e colocarmos nosso barco a navegar e oceano conhecido e amigo. Estudado, tudo ludicamente.

Assim estão sendo construídos negócios. Assim, se permitindo dar passos à frente, testando agressividade e jeito, habilidades e diferenciais, antes de coloca-los a frente dos clientes. Pois este não dorme. Quer o melhor de seus fornecedores e parceiros de negócio. Em um cenário que não está para brincadeira.

Então, sugiro que brinquemos, criemos, simulemos e validemos “in company” primeiro. Em equipe. Em co-criação. Para depois colocar o barco em alto mar, quem sabe, em oceano azul.

#pelomundonodetalhe

De acordo com informações divulgadas pelo Gartner Group, 70% das maiores companhias ao redor do mundo utiliza o Gamification (de tabuleiro, aplicativos e com realidade aumentada). Os investimentos já são de quase R$ 6 bilhões. Empresas como Embraer, SEBRAE e Accenture já se utilizam de jogos nas simulações e modelagens de negócios, ou seja, tem gente grande brincando antes de apostar.

Deixe um comentário